sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Até quando te morder

Falámos. Finalmente falámos. Não sei se me consegui explicar devidamente. Não sei se compreendeste o que te quis dizer. Fico aturdida e muito pouco eloquente quando estou perto de ti. Procuro pesar cada palavra com rigor e construir um discurso filigranático para te transmitir o que quero e para ir ao encontro do que me parece que te é possível ouvir neste momento.
Tu falaste mais. Tu falas sempre mais. Já avançámos do ponto em que nos encontrávamos há 4 meses atrás. Mas é sempre com uma cautela cirúrgica que te pronuncias sobre o grau do nosso envolvimento. "Quero que me incluas mais" disse-te a dada altura. "O que é que isso significa?". Significa que não quero ficar à parte nos momentos em que te procuras resolver. Abraças-me. Digo-te que "Gosto muito de ti e quero estar mais vezes contigo". Dizes, "Eu sei" e novo abraço surge entre nós.
Separámo-nos e pedi-te "Confia em mim". Não sei o que é que isso significa, mas desenvolvi a infundada a teoria de que te é difícil acreditar na possibilidade de teres alguém ao teu lado que não se irá ausentar repentinamente e que não ousas ainda pensar na possibilidade de amar e de te deixares amar.
Espero ter a força de te acariciar, beijar, sondar e sentir até te deixares morder como um fruto.

Sem comentários: