quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Thursday night fever


De maneiras que é assim... ir para casa, grande banho, roupa sensual e confortável q.b. e rockar até às 5 da manhã. It's thursday night fever.


Nota mental: Não esquecer de verificar o stock de Guronsan; Não esquecer de deixar os 3 despertadores a funcionar!!!

Tchhh

E "prontos" já tá!

Ando desde Novembro para escrever 1000 caracteres para submeter uma comunicação a um congresso. O prazo terminava hoje... Até nem correu mal, ainda me sobraram 6 horas e 41 minutos!

Acho que se chama procrastinação, né? (ou então, preguiça crónica...)

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

SMS versão telefonema (a "chaga" continua)

Mas será que não percebeste nada?!

Desde o início, não falamos a mesma língua, não entendias o que eu dizia e, consequentemente, eu também não descodifiquei devidamente o que me transmitias.
Na situação em que nos encontrávamos, existiam dois caminhos possíveis:
1 - Tu não ligavas e, logo, eu também não (e vivíamos felizes para sempre!)
2 - Tu ligavas, eu atendia (contrariamente ao que tu disseste que esperavas, vê-se que não me conheces) e nascia o nosso solilóquio.
Aconteceu a segunda e, devo confessar que não me surpreende inteiramente. Tu és um gajo que gosta de dizer depois, quando conta as histórias, "ah, mas ficamos amigos. Aliás, ver se lhe ligo para tomarmos um cafezinho".
Mas, não entendeste, não vais entender e seguramente terás um choque, quando um Galileu qualquer irromper na tua vida e te demonstrar que o mundo não gira à tua volta!! Aliás, provavelmente já foste confrontado com essa revelação, mas certamente que a condenaste à fogueira. Não és capaz de, por instantes, sair da marcha autista da tua rotação e imaginares o que é estar na posição dos outros. Isso não é novo, foi sempre assim. Isso não aconteceu depois do acidente estruturalmente trágico que marcou a tua vida, simplesmente se agudizou depois disso. Isso não dá sinais de mudança e é aí que eu entro.
Reconstruíste os factos para encaixarem no teu narcísico paradigma, à luz dos quais, o que é realmente central é:
- eu não ter respondido à tua mensagem (como é que alguém tem o desplante de te ignorar?!);
- evitar cruzar-me contigo em contextos que nada mais permitem do que uma fortuita troca de olhares (como é que alguém pode conscientemente desperdiçar oportunidades raras de te contemplar?!).
Esta foi a informação que tu retiveste. Decidiste ignorar e não compreender (mesmo quando te explicava ao telefone) que:
- tu tinhas ficado de telefonar e não o tinhas feito;
- tinha de facto evitado situações de co-presença, que coincidem cronologicamente e derivam directamente de não teres cumprido com algo tão simples como telefonar, quando disseste que o farias;
- (nem sei se este merece ser tópico) não, não respondi à tua mensagem, porque não era uma mensagem que eu esperava, e querer falar contigo dependia directamente do empenho e da importância que demonstrasses que esse acto de comunicação teria para ti.
Resumindo: não percebeste nada do que se passou! Adepto fervoroso do negacionismo histórico, dediste escolher os factos que melhor te serviam, recusando, inclusivamente, discuti-los. Foi assim no telefonema, será assim na eventual conversa, negociada já em jeito de exasperada síntese, da seguinte forma:
C. - ah e tal eu não sei se queres conversar comigo. Eu quero falar contigo, mas tu é que sabes... (isto repetido de formas diferentes e intermitentes ao longo dos 15 minutos do telefonema)
Je - (já a espumar pela boca, mas fazendo jus aos ensinamentos das aulas de ioga...Ommmmm) Ok, então, deixa ver se eu percebi. Tu queres falar comigo e queres ouvir o que tenho para te dizer, certo?
C. - Sim.
Je - Eu também quero falar contigo, de outro modo, não te teria ligado há duas semanas a dizer 'preciso de falar contigo'.
C. - (que não aprende, mesmo, começa a rever mentalmente a sua agenda lotada) Ah, então amanhã, ehh, não amanhã, não, porque fiquei de ir com um amigo às compras. Mas, na sexta, ehh, na sexta tenho uma consulta e no fim de semana é compl...
Je - (nesta altura já não haveria Ghandi que aturasse isto, mas ainda assim, saquei de um lampejo de diplomacia). Olha, C., fazemos assim (acredite-se, ou não, eu ainda tenho dificuldades, consegui proferir esta frase com calma, de forma pausada e com uma dicção perfeita): Quando tu puderes, quando tu quiseres e te sentires com disponibilidade para conversarmos, telefonas-me e marcamos um dia, parece-te bem?
C. - Sim.
Je - Então fica, assim.
Sinceramente, não sei se vais ligar. Se ligares, é uma terra de ninguém que nos espera, um conjunto de ruínas ainda fumegantes que implodiram de desencanto, de desatenção e de desamor. Não será terreno habitável tão cedo...


O atraso emocional


Definitivamente, devo padecer de um severo atraso emocional ou, então, a tristeza bate sempre mais tarde à minha porta, como os postais de natal que chegam depois do ano novo. Hoje, se alguém me toca com um dedo, tenho a sensação que desaguo num oceano de choro...

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

De hoje em diante?



"De hoje em diante
Eu vou modificar
O meu modo de vida
Naquele instante
Em que você partiu
Destruiu nosso amor
Agora não vou mais chorar
Cansei de esperar
De esperar enfim
E prá começar
Eu só vou gostar
De quem gosta de mim..."

Caetano Veloso


Isto está tudo muito bem, mas serei a única a identificar um obstáculo genealógico na premissa?Se todos nós decidirmos gostar apenas de quem gosta de nós, quem é que vai começar a gostar primeiro?

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Chorar e esquecer-te

É verdadeiramente inacreditável...
Ainda não consigo medir o tamanho da tua cobardia...
Estou a escrever a quente, bem sei, atónita, movida por uma raiva vazia e indignada.
Não foi neste domingo que eu te liguei, foi no anterior.

Não foi nesta segunda feira que tu te comprometeste a telefonar para combinarmos um encontro para EU falar. Foi na segunda feira passada, que o meu sofrimento e a minha espera se transformaram numa eternidade. Parecia que te esperava há um ano, e desejava-te regressado da guerra e igualmente sofrido.


O que é tu fazes? Recorres ao Short Message Service, esse instrumento esquizofrénico de camuflada comunicação contemporânea. Para me dizeres o quê?
Que sabes que estás em falta comigo (pois, muito bem que ainda não está tolinho nem falho de memória).
Que notaste que te ando a evitar (ora, brilhante, e o prémio nobel da inteligência emocional vai para...).
Questionas se ainda quero conversar contigo (é, de facto a única coisa que se aproveita, porque é mesmo uma pergunta e, sinceramente, não tenho resposta) .
Aproveitas para afirmar que gostavas de conversar comigo (olha que bem! Levamos cromos e figurinhas para trocar?).
E rematas de uma forma abrutalhadamente cobarde e cruel: "Mas tu é que sabes..."

O que eu sei, é que te quero esquecer, porque eu não conheço esta pessoa e não foi por ela que me apaixonei. Pensei que precisava de te comunicar o que sentia e o que pensava, para poder abandonar definivamente o local em que te amei. A tua silenciosa recusa, a tua ausência egoísta para com a necessidade que te havia verbalizado, faz-me repensar aquilo de que preciso. Não preciso de aplacar a tua culpa, não preciso de ouvir as tuas justifcações inúteis, não preciso de me arriscar a ficar novamente enlaçada no emaranhado da tua confusão mental e emocional.

Eu só preciso de abandonar definitivamente este espaço onde achei que encontraríamos o amor descompassado e sôfrego que nos permitiria ultrapassar interditos e partilhar momentos de corpórea felicidade na nossa imperfeição. E para isso, eu acho que já não preciso desta conversa. Só preciso de acreditar que o meu amor morreu e chorá-lo enlutadamente.

A posição habitual


Eu não percebo grande coisa de futebol. Não sei o que é um trinco e desconheço as vantagens de um 4x4x2. Mas gosto de ver os jogos do meu clube. Sobretudo, gosto da onda de sociabilidade que se gera em torno dos grandes jogos: cafés cheios, salas de amigos com Sport TV a abarrotar de ansiedade, cascas de amendoins e cervejas. Como é evidente um Sporting-Porto teve honras de grande jogo e de respectiva reunião. Ora, do que é que eu não gosto?

- de ver o Porto a perder (especialmente quando está a jogar bem), sobretudo, quando a outra equipa faz dois remates à baliza e marca (no fundo, aqui, o que é mesmo importante é a primeira parte: não gosto de ver o Porto a perder).

- de ver o Helton a abrir as pernas (homem faz-te de difícil), de ver o Helton (e toda a defesa) a olhar para o balão (e não para a bola, quando esta pede licença para entrar na baliza).

- de ver foras de jogo (mesmo quando são correctamente assinalados - onde é que é pára o favorecimento dos árbitros, hein?), de ver bolas à trave (ai, a estúpida da trave), de ver oportunidades de Lucho desperdiçadas, shuif, fico triste!

- de ver o Quaresma substituído a 10 minutos do fim (se não estava a cumprir, saía antes, se se confia nos momentos de genialidade, algo aleatórios é certo, o moço fica até ao fim).

Mas, do que eu não gosto mesmo é do ambiente de bancada da sala de estar (tenho amigos, benfiquistas, sportinguistas, boavisteiros - eu sei, deveria ser mais selectiva, mas acho que não teria grande afinidade com os Super Dragões e não gosto de assaltar estações de serviço...). Passo a explicar: eu gosto de ver o meu clube a jogar (de preferência bem), gosto de ver o meu clube a ganhar (mal ou bem, aqui, já não importa). Portanto, isso é que me faz vibrar. Ora, o que é verdadeiramente notável, é verificar como os adeptos dos restantes clubes (sobretudo, benfiquistas, lamento, mas é o que me diz a sábia empiria) regozijam orgasmicamente com a derrota do Porto. No fundo, saboreiam essa derrota como se de uma vitória se tratasse. Acho, no mínimo, curioso... ainda por cima, não acontece assim tantas vezes. Por isso, questiono: não seria melhor fazerem-se sócios do FCP e festejarem as vitórias, é que são, de longe, bem mais frequentes. É só uma sugestão...


Nota: Não resisto a transcrever as declarações do Paulo Bento
"Se ainda sonho com o título? Sou mais conhecido pelo pragmatismo. O Sporting deve pensar em chegar à Liga dos Campeões, porque tem uma diferença considerável para o F.C. Porto. Compete-nos fazer o mesmo que nos campeonatos anteriores. Estamos numa posição que foi a mais habitual no Sporting nos últimos 27 anos."

E para quê almejar a quebrar com tão longa, nobre e tranquila tradição, não é?

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Ter um amigo é...

Em casa da minha avó existiam umas almofadas com uns bonequinhos fofos, arredondados, nus (e, agora que penso nisso, sem pipis...estranho!) que diziam "ter um amigo é maravilhoso" (ou algo assim).

Passo tanto tempo a dissertar sobre a necessidade de me lembrar que tenho de esquecer o C. que deixei passar em branco um dos mais maravilhosos momentos destes meses: o almoço, servido com praia e com sol, com o meu Grande Amigo L. Muito bom, muito bonito, assim, como ele é. Fiquei durante a tarde, embalada pelo néctar do Dão, a pensar no quanto eu gosto dele e no quanto o admiro. É curioso, porque a minha relação com ele foi evoluindo como uma música. A primeira vez que o vi, não dei nada por ele. Mas, a partir daí, a nossa amizade seguiu o rumo de uma crescente espiral de descoberta, reconhecimento e admiração até fazer parte de mim, da minha vida.

Eu sei que a amizade não se agradece, "apenas" se retribui o melhor que pudermos e soubermos. Sinto-me sempre em falta contigo e, provavelmente, isso também é recíproco. Talvez o segredo de uma relação que cresce esteja aí, nessa fome que tememos que exista no outro e queremos a todo o custo aplacar.

(às vezes, acho que só digo isto a quem não o quer ouvir, desta vez, sei que não é o caso)
É um privilégio ter-te como amigo. Gosto muito, muito de ti, L.!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Fim interdito

Deixa ver se eu percebi...

Andas desde Dezembro neste chove não molha do "ai-hoje-não-posso-porque-deixei-a-avó-ao-lume" e do "ei-esta-rede-é-mesmo-uma-merda-não-é-que-a-tua-chamada-não-ficou-registada" até ao "não-respondi-à-sms-fofa-porque-o-reumático-me-impede-de-mexer-os-dedos".

E eu, que não sou parva (embora às vezes pareça) fui tomando nota das tuas atitudes em cima dos meus sentimentos. Ora, sucede que, tal como num bloco de notas finas, o que escrevemos numa folha acaba por passar para a seguinte. E o que tu fizeste ficou inscrito no que sentia.

A dada altura, entre uma fungadela e outra, fui pensando, "péra lá, isto não é a merda de um filme, que não vejo o realizador na sala a tentar apanhar o meu melhor ângulo de baba e ranho e nem é a porra dum livro para depois se arrumuar na prateleira. É a minha vidinha e, aqui, não curto por aí além o dramalhão!".

E num lento, mas progressivo, assomo de lucidez, fui percebendo que eu não quero estar com quem não deseja estar comigo. É tão simples quanto isso (eu disse simples, não disse indolor, hein!). É que não quero MESMO! Acho notáveis as histórias que contas sobre as mulheres que apenas te pediam para te deixares estar ali, ao lado delas, que apenas te pediam permissão para te contemplarem, para te tocarem.

Eu não sou assim, desinteressada, condescendente, boa pessoa. Sou mesmo egoísta no que respeita a sentimentos - quero-me muito, tal como tu deverias querer. Mas, não queres, certo? Ou melhor dizes que queres, mas não ages como quem quer, nunca agiste. A única diferença é que a minha fé desapareceu. Porque é de fé que se trata. Eu nunca tive a prova de que tu quisesses (nem poderia, nunca se pode ter esse comprovativo), mas acreditava militante e fervorosamente que querias. Até que essa crença, essa fé se esboroou.

Já não acredito. E isto não aconteceu por decreto. Ando há semanas a tentar perceber este processo e a descobrir o que é que quero. Até que decidi e uma vez decidido, optei por me comportar como gente crescida e comunicar-te que "não estou feliz, não estou feliz há muito tempo e não acredito que possa vir a sê-lo contigo, por isso, acabou". Telefonei-te e disse-te, "preciso de falar contigo" e tu já sabias, porque imediatamente, com voz grave e séria respondeste "sim, amanhã ligo-te e conversamos".

É curioso como constantamente se dilata a nossa perplexidade e capacidade de sermos surpreendidos. Achei que já te tinha percebido, que já me tinha desiludido, que já tinha dado por terminado o período de esperar por ti, achei que teria a última palavra, mas não... aguardo, ainda aguardo esse telefonema...

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

paradoxos

Se agora, finalmente, é tudo tão claro, tão definido e tão simples, porque é que dói de uma forma tão escura, tão esquartejada e tão obscura?